O comitê da Câmara dos EUA que investiga o motim de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio emitiu uma intimação ao ex-presidente Donald Trump na sexta-feira, 21 de outubro, faltando dias para as eleições de midterm no país.
A intimação exige que Trump compareça em 14 de novembro para depoimento em Washington DC ou por videoconferência.
Em uma carta a Trump, o comitê disse que a suposta investigação do grupo composto na totalidade por democratas e por republicanos anti-Trump, mostrou que “você pessoalmente orquestrou e supervisionou um esforço de várias partes para derrubar a eleição presidencial de 2020 e obstruir a transição pacífica de poder”.
Trump não indicou que vai cooperar, mas não descartou a possibilidade. Na semana passada, ele criticou a votação da comissão para intima-lo. “Por que o Unselect Committee não me pediu para testemunhar meses atrás”, escreveu ele no Truth Social. “Porque o Comitê é um ‘BUST’ total que só serviu para dividir ainda mais nosso País.”
Bannon Preso Por Não Comparecer
Mais cedo, Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca e CEO de campanha do ex-presidente Donald Trump em 2016, foi condenado a quatro meses de prisão horas antes, depois que um júri o condenou por duas acusações de desacato ao Congresso por desafiar uma intimação do Comitê da Câmara que investiga o caso de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA.
Ele também deve pagar US$ 6.500 em multas.
Bannon defendeu sua decisão de não cumprir a intimação do comitê de 6 de janeiro. Falando fora do tribunal após sua sentença, o ex-assessor de Trump disse que haverá “múltiplas áreas de recurso” por sua equipe jurídica.
“Em 8 de novembro (dia das eleições de midterm nos EUA), eles terão um julgamento sobre o regime ilegítimo de Biden e, francamente, Nancy Pelosi e todo o comitê, e sabemos para que lado está indo”, disse Bannon.
“Ou eles já foram expulsos, como Liz Cheney ou desistiram como Kinzinger e outros democratas, ou estão prestes a ser derrotados como Luria e outros, ou perderão seu poder e se tornarão uma minoria.”
Ele continuou: “Isto é democracia. O povo americano está avaliando e medindo o que aconteceu com o Departamento de Justiça e como eles se comportaram”.
Bannon também disse que se o Partido Republicano obtiver a maioria na Câmara, o procurador-geral Merrick Garland “será o primeiro procurador-geral a sofrer impeachment e será removido do cargo”.