Após dois anos da pandemia de COVID-19 e de medidas restritivas devastadoras para a economia, americanos iniciam 2022 deixando de considerar a pandemia uma prioridade, focando mais na economia, sobretudo na inflação, a mais alta dos últimos 40 anos.
Uma pesquisa Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research descobriu que o gerenciamento da pandemia, outrora uma questão que favorecia fortemente o presidente Joe Biden, está começando a perder força no ranking de prioridades dos americanos. O COVID-19 é cada vez mais ofuscado por preocupações com a economia e as finanças pessoais – particularmente a inflação – tópicos que podem entregar o controle do Congresso aos republicanos nas eleições de meio de mandato deste ano.
Apenas 37% dos americanos classificam o vírus como uma de suas cinco prioridades para o governo trabalhar em 2022, em comparação com 53% que consideravam uma prioridade na mesma época um ano atrás. A economia ultrapassou a pandemia na pesquisa, com 68% dos entrevistados mencionando-a de alguma forma como uma das principais preocupações de 2022. Percentual semelhante disse o mesmo no ano passado, mas as menções à inflação são muito maiores agora: 14% este ano, ante menos de 1% no ano passado, segundo o instituto.
Cerca de duas vezes mais americanos mencionam agora suas finanças domésticas, ou seja, o custo de vida, como uma prioridade governamental (24% contra 12% no ano passado).
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Os preços ao consumidor subiram 6,8% nos 12 meses encerrados em novembro passado, a maior alta em quatro décadas.