DeSantis anuncia medidas para desaparelhar Justiça e FBI no ‘dia um’; veja propostas

O pré-candidato republicano à Casa Branca Ron DeSantis anunciou um conjunto de medidas executivas que pretende tomar no primeiro dia de seu governo, se eleito, para reestruturar o Departamento de Justiça, incluindo o FBI, com o objetivo de desaparelhar instituição.

A medida que mais chama atenção envolve a remoção física da sede do FBI do Distrito de Columbia (DC), demissão de “muitos” funcionários e a contratação de “muitos” outros funcionários.

DeSantis vem sendo assessorado por especialistas em âmbito do Congresso, pelo think tank conservador Heritage Foundation, e pelo professor Victor Davis Hanson — antes um forte apoiador de Trump.

No Congresso, DeSantis tem consultado os deputados republicanos Thomas Massie, de Kentucky, e Chip Roy, do Texas.

O plano foi publicado pela primeira vez pelo RealClearPolitics na terça-feira, 13 de junho, dia em que Trump deve se apresentar à Justiça após ser indiciado com 37 acusações de crimes federais relacionadas aos documentos sigilosos que levou da Casa Branca para sua casa na Flórida.

“IMPLACÁVEL”

O governador teria dito em privado a assessores que contratará e demitirá muitos funcionários federais, reorganizará agências inteiras e executará uma estratégia “disciplinada” e “implacável” para restaurar o Departamento de Justiça a uma missão mais alinhada com o que os “Pais Fundadores imaginaram”.

FORA DE WASHINGTON

“Não vamos deixar que todo esse poder se acumule em Washington, vamos acabar com essas agências”, disse DeSantis durante uma sessão estratégica privada no fim de semana, cujos trechos foram obtidos exclusivamente pelo RCP. Ele prometeu nessa chamada ordenar que “alguns dos componentes problemáticos do DOJ” fossem erradicados, reorganizados e então prontamente “enviados para outras partes do país”.

A Heritage Foundation sugeriu que tal movimento limitaria as oportunidades para o FBI se intrometer em assuntos políticos e também “reforçaria e enfatizaria os escritórios de campo” da agência.

“Vimos em todo o país que o Departamento de Justiça e o FBI são controlados por uma facção de nossa sociedade”, disse DeSantis na ligação, apontando como essas agências estavam “perseguindo ativistas pró-vida”, investigando injustamente pais de alunos em reuniões de conselhos escolares “que estão preocupados com coisas como teoria racial crítica e forçar crianças a usar máscaras” e “conluio com empresas de tecnologia para censurar informações como o que fizeram nas eleições de 2020”.

A ideia de DeSantis, segundo o RCP é agir rápido e não esperar pelo Congresso, tomando medidas executivas o máximo possível.

DeSantis: Porque Trump não fez isso enquanto estava lá?

Semanas atrás, em Iowa, o ex-presidente Donald Trump prometeu enfrentar o “deep state” em “seis meses” mas Ron DeSantis, em seguida, durante evento de campanha em New Hampshire, questionou o por quê de Trump não ter feito isso durante seus quatro anos de governo e agora promete fazer em seis meses.

“Por que você não fez isso quando tinha quatro anos para tentar?”, perguntou DeSantis na ocasião.

DIRETOR DO FBI SERÁ DEMITIDO

De Santis já prometeu demitir Christopher Wray, atual diretor do FBI indicado por Trump e mantido por Joe Biden no comando da agência.

Existem algumas funções que DeSantis não permitiria o envolvimento de agências federais. Por exemplo, ele disse a assessores que, como presidente, “colocaria um fim no FBI e nas bobagens do DOJ em relação à chamada ‘desinformação’”.

As mudanças não param por aí. Ele descreveu a missão da Divisão de Direitos Civis durante sua hipotética administração como aquela em que a agência “está realmente policiando a discriminação”. Essa divisão seria verdadeiramente daltônica, disse o governador, porque “discriminação é discriminação”, acrescentando que não achava aceitável discriminar indivíduos que “por acaso são brancos ou asiáticos”.

Citando Chicago, Los Angeles e São Francisco, ele prometeu instruir o Departamento de Justiça a ir atrás e responsabilizar promotores distritais progressistas que “não estão processando casos contra criminosos violentos”.

O republicano promete ter um plano detalhado de ação para o “dia um” para enfrentar o estado administrativo, o qual chama de “leviatã”.

Todos Direitos Reservados. Conteúdo originalmente publicado no portal Direto da América (C) em www.DiretoDaAmerica.us

LEIA TAMBÉM

Leia também