Biden “cancela” dívidas estudantis de até US$ 20 mil; decisão pode piorar a inflação

Às vésperas das eleições de meio de mandato, o presidente Joe Biden anunciou na quarta-feira, 24 de agosto, um plano para cancelar a dívida estudantil de americanos, uma promessa de campanha do democrata para sua base de eleitores de extrema esquerda.

“De acordo com minha promessa de campanha, meu governo está anunciando um plano para dar fôlego para famílias trabalhadoras e de classe média enquanto se preparam para retomar os pagamentos de empréstimos estudantis federais em janeiro de 2023”, escreveu Biden em um post no Twitter.

Os beneficiários do Pell Grant podem qualificar para até US$ 20.000 em perdão de dívidas estudantis. Outros mutuários de empréstimos estudantis que não possuem Pell Grants ainda terão empréstimos perdoados em até US$ 10.000.

Ambas as opções de perdão são para pessoas que ganham menos de US$ 125.000 por ano, ou US$ 250.000 de renda familiar.

Impacto na Inflação

O ex-secretário do Tesouro democrata, Larry Summers, alertou em uma thread viral no Twitter que o cancelamento da dívida tornaria a inflação no país — a maior em 40 anos — ainda pior.

“Recursos públicos escassos devem ser usados da melhor maneira possível, independentemente de como são derivados”, tuitou Summers na terça-feira.

Summers provocou um debate na segunda-feira depois de alertar que o governo corre o risco de exacerbar a inflação, a mais alta em quatro décadas em 8,5% em julho, “oferecendo um alívio irracionalmente generoso para empréstimos estudantis”.

“O alívio da dívida de empréstimos estudantis é um gasto que aumenta a demanda e aumenta a inflação”, tuitou Summers. “Consome recursos que poderiam ser melhor aproveitados para ajudar quem, por qualquer motivo, não teve a chance de cursar a faculdade. [O alívio] também tende a ser inflacionário ao aumentar as mensalidades [nas universidades].”

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