Moscou diz lamentar a falta de progresso nas negociações com a OTAN e os Estados Unidos para conter a expansão da organização para incluir a Ucrânia e rejeitou veementemente os pedidos do ocidente para recuar suas tropas da fronteira com a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também alertou para uma ruptura completa das relações EUA-Rússia se as sanções propostas contra o presidente russo Vladimir Putin e outros líderes civis e militares forem adotadas pelos EUA em caso de incursão militar russa na Ucrânia, segundo a Associated Press.
As negociações ocorrem no momento em que cerca de 100 mil soldados russos, tanques e equipamentos militares pesados estão concentrados perto da fronteira leste da Ucrânia. A movimentação russa causou profundas preocupações em Kiev e no Ocidente de que Moscou está se preparando para uma invasão.
O vice-chanceler russo Sergei Ryabkov, que liderou a delegação russa nas conversas em Genebra, disse em comentários transmitidos pela televisão na quinta-feira que não confirmaria nem excluiria a possibilidade da Rússia posicionar infraestrutura militar em Cuba e na Venezuela.
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Durante entrevista à TV russa RTVI, Ryabkov observou que “tudo depende da ação de nossos colegas dos EUA”, observando que o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que a Rússia poderia tomar medidas técnico-militares se os EUA agirem para provocar a Rússia e aumentar a pressão militar sobre ele.
A reunião Rússia-OTAN realizada em Bruxelas em 12 de janeiro marcou a segunda etapa das consultas entre Moscou e países ocidentais sobre as propostas da Rússia sobre segurança europeia e serviu de continuidade das negociações de 10 de janeiro em Genebra entre a Rússia e os Estados Unidos.