A Fox News revelou que os EUA estão avaliando se a Rússia está por trás do ataque cibernético desta terça-feira (15) contra a Ucrânia. O plano de guerra russo inicialmente, segundo a emissora, exigiria ataques cibernéticos significativos; os EUA atuaram em conjunto com a Ucrânia para fortalecer a infraestrutura crítica do país nas últimas semanas.
O centro de segurança cibernética da Ucrânia disse que sites do Ministério da Defesa ucraniano e dos bancos Privatbank e Oshadbank estavam sob um ataque cibernético na tarde de terça-feira.
Segundo o The Washington Post, “hackers do governo russo provavelmente penetraram as forças armadas da Ucrânia e outros sistemas críticos de computadores, de acordo com a inteligência dos EUA.
A emissora revelou também que o caminho mais provável da Rússia, no caso de uma invasão, seria o de uma rápida tomada de Kiev em no máximo 36 horas, começando com guerra cibernética e bombardeio aéreo de infraestrutura crítica ucraniana, comando e controle e depósitos de armas.
Quase todas as forças spitznas ao redor da Ucrânia na Rússia estão posicionadas no fronte, podendo invadir Kiev, tomando o governo sem precisar de muitas forças terrestres, levando em seguida reforços da Bielorrússia – a rota mais curta possível.
Em seguida, as forças russas no Mar Negro e na Crimeia avançariam da cidade de Odessa, no sudoeste, até a Transnístria, onde já estão implantadas na Moldávia.
A partir daí, a Rússia poderia ganhar o controle político da Moldávia e reconstituir grandes porções da União Soviética muito rapidamente, incluindo a Bielorrússia, a Ucrânia e a Moldávia.
A repórter Jacqui Heinrich disse que durante as declarações de Biden, todas as emissoras de TV da Casa Branca perderam energia elétrica nas cabines de transmissão ao vivo usada por repórteres no gramado norte.
“Se a Rússia atacar a Ucrânia, seria uma guerra por escolha ou uma guerra sem causa ou razão… Se a Rússia invadir a Ucrânia, será recebida com esmagadora condenação internacional… Invadir a Ucrânia provará ser uma ferida auto-infligida.”, disse o presidente Joe Biden durante declaração dada na tarde de segunda-feira (15) na Casa Branca.
Biden disse que “Não estamos buscando um confronto direto com a Rússia. Embora eu tenha deixado claro que, se a Rússia tiver como alvo os americanos na Ucrânia, responderemos com força.”
Sem sinais de recuo militar russo: Mais cedo, o Ministério de Defesa da Rússia disse estar retornando algumas tropas presentes na fronteira com a Ucrânia para suas bases, conforme já noticiou o Direto da América.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse na terça-feira que a aliança não vê nenhum esforço de diminuição da presença militar russa ao redor da fronteira ucraniana depois que o Kremlin anunciou a retirada de algumas tropas.
“Até agora, não vimos nenhuma desescalada em solo, não vimos nenhum sinal de presença militar russa reduzida nas fronteiras da Ucrânia, mas continuaremos monitorando, para acompanhar de perto o que a Rússia está fazendo”, disse Stoltenberg quando perguntou sobre o anúncio russo sobre a retirada de algumas tropas.
“Os sinais vindos de Moscou sobre a disposição de se envolver com esforços diplomáticos, isso dá alguma razão para otimismo cauteloso.”
Um funcionário do governo americano teria dito para a ABC que tropas russas avançaram para posições de ataque nesta terça-feira e que não há sinais de recuo militar russo.
O presidente americano disse que “ainda não verificamos se as unidades militares russas retornaram à base. Nossos analistas indicam que elas permanecem em uma posição muito ameaçadora… Uma invasão permanece claramente possível.”
“Estou sendo claro que, se a Rússia atingir americanos e a Ucrânia, nós vamos responder com força. Se a Rússia atacar os Estados Unidos ou nossos aliados por meios assimétricos, como ataques cibernéticos disruptivos contra nossas empresas ou infraestrutura crítica, estamos preparados para responder”, disse Biden.
Mais soldados americanos: “Elementos da 101ª Divisão Aerotransportada e da base de Fort Campbell [em Kentucky] foram enviados para a área de operações dos EUA na Europa em apoio à Força-Tarefa Conjunta Dragon, a fim de garantir nossos aliados e parceiros da OTAN na região. Os elementos se juntarão a 18ª Divisão Aerotransportada na região.”, disseram os militares americanos.