China e Brasil vão negociar em suas próprias moedas, abandonando o dólar

A China e o Brasil chegaram a um acordo para negociar em suas próprias moedas, abandonando o dólar americano como intermediário, disse o governo brasileiro na quarta-feira, 29 de março.

O acordo permitirá que a China, o principal rival da hegemonia econômica dos EUA, e o Brasil, a maior economia da América Latina, conduzam suas transações comerciais e financeiras diretamente, trocando yuan por reais e vice-versa, em vez de usar o dólar.

“A expectativa é que isso reduza custos… promova um comércio bilateral ainda maior e facilite investimentos”, disse a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em nota.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com um recorde de US$ 150,5 bilhões em comércio bilateral no ano passado.

O acordo, que segue um entendimento preliminar em janeiro, foi anunciado após um fórum de negócios China-Brasil em Pequim.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva estava originalmente programado para participar do fórum como parte de uma visita à China, mas teve que adiar sua viagem indefinidamente no domingo depois de supostamente ter desenvolvido uma pneumonia.

O Banco Industrial e Comercial da China e o Banco de Comunicações BBM executarão as transações, disseram autoridades.

A China tem acordos cambiais semelhantes com a Rússia, o Paquistão e vários outros países.

Com a volta de Lula ao poder, as relações entre o regime de extrema esquerda brasileiro e o comunista chinês devem ganhar força ao longo dos próximos anos.

O acordo demonstra mais uma vez a força que a China tem conseguido exercer no cenário internacional desde que Joe Biden chegou ao poder.

SAUDITAS SE AFASTAM DO DÓLAR

Arábia Saudita uniu forças com a China em uma parceria estratégica que abrange uma série de áreas, da segurança ao petróleo. Os dois países expressaram seu apoio um ao outro sem interferir nos assuntos internos um do outro[1].

A parceria foi assinada pelo rei Salman da Arábia Saudita e pelo presidente chinês Xi Jinping, e é vista como um movimento da Arábia Saudita para se distanciar do dólar americano[2].

A parceria entre a Arábia Saudita e a China está em andamento há algum tempo e foi vista como uma afronta aos Estados Unidos. A Arábia Saudita tem buscado estreitar laços com a Rússia e a China, enquanto suas relações com os EUA têm sido cada vez mais turbulentas[3]. 

A medida também é vista como uma forma de a Arábia Saudita navegar no atual cenário geopolítico, marcado por tensões entre os EUA e a China, bem como pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

IMPLICAÇÕES GLOBAIS

A parceria entre a Arábia Saudita e a China tem implicações significativas para a economia global. A China tem pressionado pelo uso do yuan no comércio internacional, e a parceria com a Arábia Saudita pode ajudar a atingir esse objetivo. 

A Arábia Saudita é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e, se começar a negociar seu petróleo em yuan, pode gerar um impacto significativo no mercado global de petróleo.

A parceria entre a Arábia Saudita e a China também tem sido vista como uma forma da China expandir sua influência no Oriente Médio. A China vem trabalhando para aumentar sua presença na região, e a parceria com a Arábia Saudita pode ajudar a atingir esse objetivo.

No geral, a parceria entre a Arábia Saudita e a China é um desenvolvimento significativo no cenário geopolítico global. Tem o potencial de remodelar a economia global e mudar o equilíbrio de poder no Oriente Médio. A parceria provavelmente será observada de perto por outros países da região e do mundo.

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