Biden bane importação de petróleo da Rússia

O presidente Joe Biden anunciou na terça-feira (8) que os EUA vão banir a importação do petróleo russo como parte da série de sanções que estão sendo anunciadas quase que diariamente pelo ocidente desde a invasão da Rússia na Ucrânia.

A decisão está sendo tomada pelos EUA sozinho, mas o planejamento para o anúncio da medida teria sido conduzido em estreita consulta com os aliados europeus, que são mais dependentes do fornecimento de energia russa.

O gás natural da Rússia é responsável por um terço do consumo europeu de combustível fóssil. Os EUA não importam gás natural russo.

O governo do Reino Unido também anunciou na terça-feira que planeja eliminar gradualmente todas as importações de petróleo russo ao longo dos próximos meses, reporta a Bloomberg.

À medida que a guerra na Ucrânia continua, os americanos estão enfrentando o aumento dos preços do gasolina que aumenta em média US$ 0,10 por dia nacionalmente. Apesar do ritmo acelerado do momento, a gasolina já havia disparado 60% entre janeiro/2021 e fevereiro/2022.

O governo Biden está enfrentando apelos de republicanos e democratas no Congresso, bem como do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para proibir as importações de petróleo russo e aumentar a produção doméstica de energia.

A administração democrata porém reluta em facilitar o aumento da produção doméstica por razões ideológicas e vem preferindo financiar ditaduras como a venezuelana e iraniana para suprir a demanda doméstica americana.

PRESSÃO REPUBLICANA. Antes do primeiro discurso do presidente no Estado da União na terça-feira (1º de março), os republicanos da Câmara disseram que Biden aumentou a influência e vantagem geopolítica do presidente russo Vladimir Putin ao cancelar o oleoduto Keystone XL e congelar novas licenças para exploração de petróleo e gás, enquanto paga por petróleo russo.

“Um ano de governo democrata destruiu a independência energética americana e aumentou os preços da gasolina para todas as famílias”, disse a presidente da Conferência Republicana da Câmara, Elise Stefanik, de Nova York. “No meu distrito, as famílias estão pagando mais de um dólar por um galão de gasolina do que no ano passado”, disse a republicana.

“Em São Francisco, o preço na bomba atingiu mais de US$ 5 por galão, marcando a média mais alta para uma cidade dos EUA”, continuou Stefanik. “Não se engane, as famílias americanas não esquecerão que Joe Biden destruiu a independência energética americana e fez com que os preços nas bombas disparassem.”

“Basta olhar para alguns dos passos que o presidente Biden tomou desde que se tornou presidente que deram alavancagem a Vladimir Putin e colocaram bilhões de dólares em seu bolso para financiar esta guerra contra a Ucrânia”, disse o republicano Steve Scalise em entrevista coletiva antes do discurso do Estado da União.

“Os Estados Unidos da América, estamos importando energia russa. Isso precisa parar. Estamos financiando a máquina de guerra de Putin”, disse Michael McCaul, o principal republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara.

Os dados mais recentes da Administração de Informações sobre Energia dos EUA mostram que, em dezembro de 2021, os EUA importaram 405 mil barris por dia de petróleo bruto e produtos petrolíferos da Rússia ou quase 5% de todas as importações dos EUA no mês.

O senador democrata Joe Manchin, de West Virgínia, e a senadora republicana Lisa Murkowski, do Alasca, introduziram uma legislação que impediria o governo dos EUA e as empresas americanas de importar qualquer petróleo russo.

Ambos os senadores pediram pelo aumento na produção doméstica.

Conforme noticiou o Direto da América, o governo Biden está buscando aliviar sanções ao petróleo da Venezuela em uma tentativa de conter a disparada no preço do petróleo por causa da guerra entre a Rússia e Ucrânia, revela o The Wall Street Journal.

EUA teriam iniciado reuniões presenciais com autoridades venezuelanas em Caracas no último fim de semana, com o objetivo de permitir que o petróleo bruto venezuelano volte ao mercado internacional, segundo fontes do jornal.

Todos Direitos Reservados. Conteúdo originalmente publicado no portal Direto da América (C) em www.DiretoDaAmerica.us

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