Administração Biden processa SpaceX por não contratar refugiados; Elon fala em motivação política

O Departamento de Justiça dos EUA entrou nesta semana com uma ação contra a empresa aeroespacial de Elon Musk, a SpaceX, por discriminação no processo de contratação, deixando de fora “refugiados”.

“O processo alega que, pelo menos de setembro de 2018 a maio de 2022, a SpaceX desencorajou rotineiramente asilados e refugiados de se candidatarem e recusou-se a contratá-los ou considerá-los, devido ao seu status de cidadania, em violação da Lei de Imigração e Nacionalidade”, disse o Departamento de Justiça em comunicado.

“Em anúncios de emprego e declarações públicas ao longo de vários anos, a SpaceX alegou erroneamente que, sob regulamentações federais conhecidas como ‘leis de controle de exportação’, a SpaceX poderia contratar apenas cidadãos dos EUA e residentes permanentes legais, às vezes chamados de ‘portadores de green card’”, disse o Departamento de Justiça.

Musk, um imigrante sul-africano e cidadão norte-americano naturalizado, está no meio de outras batalhas legais com o governo federal após a compra do Twitter por US$ 44 bilhões no ano passado.

Elon Musk comentou a decisão acusando a Administração Biden de aparelhar agências governamentais.

“O aparelhamento das agências governamentais precisa parar. Isto mina fundamentalmente a confiança do público no sistema de justiça.”, disse Musk na 𝕏.

Musk também explicou a International Traffic in Arms Regulations -ITAR (lei de Regulação sobre Tráfico Internacional de Armas) que impediria empresas como a SpaceX de contratar refugiados.

“O princípio fundamental da lei ITAR é que as empresas dos EUA que possuem tecnologia de armamento avançada, como foguetes com alcance intercontinental, devem contratar pessoas que sejam residentes permanentes nos EUA, para que a tecnologia não caia nas mãos de países que nos desejam danos”, disse Elon Musk em outro post na 𝕏 .

Em outra resposta publicada na plataforma, Musk disse ainda que a SpaceX sempre foi informada que não poderia contratar ninguém que não fosse ao menos residente permanente dos EUA e que nem mesmo cidadãos canadenses poderiam ser contratados pela empresa mesmo o Canadá sendo parte da NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte).

“A SpaceX foi informada repetidamente que contratar alguém que não fosse residente permanente dos Estados Unidos violaria a lei internacional sobre tráfico de armas, o que seria um crime.

“Não podíamos nem contratar cidadãos canadenses, apesar de o Canadá fazer parte do NORAD!”

“Este é mais um caso de aparelhamento do Departamento de Justiça para fins políticos.”

RETALIAÇÃO?

O anúncio do processo contra a SpaceX veio à tona um dia após Elon Musk anunciar que a 𝕏 se prepara para entrar com uma ação judicial contra ONGs e políticos diretamente ligados ao investidor ativista de extrema-esquerda George Soros que promoveriam eles mesmos desinformação para justificar ações contra a liberdade de expressão online.

“A 𝕏 entrará com uma ação legal para impedir isso. Mal posso esperar para a descoberta começar!”, comentou Musk sobre reportagem investigativa da PUBLIC alegando que “ONGs financiadas por George Soros exigem ataque contra liberdade de expressão por causa de políticos que espalham desinformação de ódio”

“Políticos e ONGs financiadas por George Soros dizem que os “incidentes de ódio” estão aumentando, mas não estão. Os dados mostram o oposto: níveis mais elevados e crescentes de tolerância para com as minorias. A razão pela qual estão espalhando desinformação de ódio é para justificar uma repressão draconiana à liberdade de expressão”, disse o jornalista Michael Shellenberger.

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