Um relatório alarmante divulgado na quarta-feira, 7 de junho, alega que os algoritmos do Instagram conectaram e promoveram uma “vasta rede de pedofilia” que operava na rede vendendo conteúdo sexual infantil.
O relatório foi produzido pelas Universidades de Massachusetts Amherst e Stanford e foi divulgado pelo jornal Wall Street Journal.
Por meio de hashtags como #pedowhore, #preteensex, e #pedobait pedófilos se conectavam oferecendo e solicitando material sexual infantil incluindo vídeos de crianças se ferindo e participando de atos sexuais com animais, acusam os pesquisadores.
Ao Wall Street Journal, a influenciadora canadense Sarah Adams afirmou que o Instagram chegou a promover uma conta chamada ‘Incest Toddlers’ com uma série de memes promovendo a prática do incesto.
Também ao jornal, a Meta, empresa dona da rede, confirmou a existência da conta e disse que ela violou os termos da plataforma e que a empresa bloqueou “milhares de outros termos e hashtags no Instagram”.
A Meta diz ter bloqueado mais 490 mil contas que violavam as políticas de proteção infantil em janeiro e 29 mil dispositivos entre 27 de maio e 2 de junho de 2023.
Quando os pesquisadores criaram contas de teste para observar a rede, revela o WSJ, eles começaram a receber recomendações “sugeridas para você” para outras contas que supostamente promoviam pedofilia ou vinculavam a sites externos.
“VER OS RESULTADOS MESMO ASSIM”
Em outro evento bizarro, o WSJ observou que o algoritmo do Instagram enviou aos usuários uma notificação pop-up avisando que certas pesquisas na plataforma produziriam resultados que “podem conter imagens de abuso sexual infantil”.
A tela supostamente direcionava os usuários a “obter recursos” sobre o tópico ou “ver os resultados mesmo assim”.